glossário

Índice

Termos

Humulus lupulus. Da família da Cannabaceae, sim, esta mesmo que você está pensando, a maconha, planta com propriedades terapêuticas e relaxantes. Mas, diferentemente da Cannabis sativa, feliz ou infelizmente, o lúpulo não possui o famoso TCH, princípio psicoativo da planta.

Muitos dizem, porém, que o lúpulo possui algumas propriedades relaxantes. Mas não é exatamente por isso que ele é utilizado na cerveja. Os motivos basicamente são três: conservação, aroma e sabor.

Já falei um pouco da utilização do lúpulo na cerveja aqui e aqui. Basicamente, segundo a história mais aceita, a cerveja é fabricada há milhares de anos, e, inicialmente, sem lúpulo. Foi Hildegard Von Bingen, uma monja beneditina, a primeira pessoa a recomendar o uso do lúpulo na cerveja, em 1067, por seu poder de conservação. Desde então o lúpulo vem sendo usado na grande maioria dos estilos, não apenas para conservação mas, em muitos casos, por suas propriedades organolépticas, para conferir sabor e aroma nas cervejas.

Inclusive uma separação comercial bastante utilizada nos lúpulos é justamente esta: lúpulos de sabor e lúpulos de aroma, muitos deles servindo aos dois propósitos. Sobre o sabor estamos, principalmente, falando de amargor. E aqui os lúpulos podem ser divididos em algumas características: mais frutados, mais cítricos, herbais ou florais, resinosos ou terrosos. Claro que, em geral, os sabores são refletidos também no aroma, mas, isso depende muito do tipo de produção da cerveja, do lúpulo utilizado, em que fase do processo etc. Isso porque muitos caracteres aromáticos se perdem no processo de fervura da cerveja, daí a técnica de dry hopping, a adição de lúpulos após o processo de fervura, durante a fermentação e/ou maturação da cerveja.

Bom, há muito a falar sobre o lúpulo, porém já existem excelentes textos na internet. Caso queiram se aprofundar mais, deem uma olhada aqui , aqui, aqui e aqui.

Saúde!

Cervejas associadas