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Um estilo difícil de definir, porque, no limite, poderíamos colocar aqui todas as cervejas que tem frutas em sua composição. Mas não é o caso, porque temos diversos estilos clássicos que levam frutas em sua composição, como o caso das Fruit Lambics, ou então alguns estilos contemporâneos, como o caso das NEIPAS com adição de frutas que abundaram nos EUA nos últimos anos e estão cada vez mais em alta.

Vejamos o que diz o BJCP sobre o estilo: “Fruit Beer é uma categoria de cervejas feitas com qualquer fruta ou combinação de frutas sob a definição desta categoria. Aqui é usada a definição de culinária, não a botânica – estruturas associadas às sementes, plantas carnudas que são doces ou ácidas e comestíveis na natureza. Os exemplos incluem frutas de semente (maçã, pêra, marmelo), frutas de caroço (cereja,ameixa, pêssego, damasco, manga, etc.), frutas de bagas (qualquer fruta com a palavra “berry” nela), passas, frutas cítricas, frutas secas (tâmaras, ameixas, uvas passas, etc.), frutas tropicais (banana, abacaxi, goiaba, mamão, etc.), figos, romã, nopal (fruta de cactos) e assim por diante”.

Essencialmente: deve ser uma cerveja na qual a fruta altera consideravelmente o estilo base, por assim dizer, mas não tanto a ponto de pensarmos que deixou de ser uma cerveja. O caráter da fruta deve estar presente e perceptível, mas não em excesso. A fruta deve estar em equilíbrio com o estilo base, sem sobressair demais. E, um detalhe importante, a fruta deve adicionar sabor a cerveja, e não necessariamente dulçor. Muitas vezes vemos as pessoas pensando que as fruit beers são cervejas doces, o que não é necessariamente verdade, embora, dependendo da fruta utilizada, isso possa acontecer.

Mais um pouco do guia BJCP, agora sobre o sabor: “Tal como acontece com o aroma, o caráter de sabor distinto associado com a fruta indicada deve ser perceptível e pode variar em intensidade de sutil a agressivo. O balanço da fruta com a cerveja subjacente é vital, e o caráter de fruta não deve ser tão artificial e/ou inadequadamente avassalador a ponto de sugerir uma “bebida de suco de frutas”. O amargor do lúpulo, seu sabor, os sabores de malte, o teor alcoólico e os subprodutos da fermentação, tais como ésteres, devem ser apropriados para a cerveja base e ser harmonioso e equilibrado com os distinguíveis sabores de frutas. Lembre-se que a fruta geralmente adiciona sabor e não dulçor à cerveja. Normalmente, o açúcar encontrado em frutas é totalmente fermentado e contribui para sabores mais leves e um final mais seco do que o esperado para a cerveja base do estilo declarado. No entanto, o dulçor residual não é necessariamente uma característica negativa, a menos que possua uma qualidade crua, sem fermentar”.