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Trata-se de um estilo no qual as cervejas são submetidas a uma segunda refermentação na garrafa através do método de champenoise, o método utilizado para a produção de alguns espumantes, justamente. Normalmente é utilizada uma cerveja de base Strong Golden Ale. Essencialmente o método consiste em uma segunda refermentação no qual as garrafas são dispostas em um cavalete para que fiquem inclinadas de cabeça para baixo e são giradas 90º diariamente, durante um ou dois meses. Esse processo chama-se remuage e tem por objetivo retirar as borras geradas pela refermentação na garrafa.

Após esse processo a cerveja passa pelo dégorgement, que consiste em congelar o gargalo, retirar as últimas borras e introduzir a rolha final. Com isso, busca-se uma cerveja extremamente carbonatada, limpa e complexa.

Segundo o blog do clube do malte, o estilo foi criado pelos belgas, no século XX, na cidade de Buggenhaut, a noroeste de Bruxelas. “O método champenoise é responsável por algumas outras características comuns ao estilo. A fermentação na garrafa produz uma alta carbonatação e uma sensação frisante, comparável à dos espumantes e que contribui para tornar o corpo mais leve. A levedura de espumantes pode contribuir com uma nova camada de complexidade aromática. A longa maturação em leveduras acentua ainda mais o perfil de características frutadas e florais, além de reduzir o amargor e o aroma do lúpulo. Por fim, o fato de a cerveja ser comercializada sem as leveduras na garrafa é muito relevante: em primeiro lugar, isso a torna totalmente brilhante e transparente, aumentando sua atratividade na taça.”

O exemplo mais conhecido é, sem sombra de dúvidas, a belga Deus. No Brasil, pioneira no estilo, temos a Eisenbahn Lust, e as ótimas Double Vienna Brut e Wäls Brut.

Veja mais sobre o processo de produção aqui.

E aqui uma comparação entre os métodos champenoise e charmat, este último utilizado na produção da Wals Evita.

Cervejas associadas

Evita

Ale Brasil

8% ABV