A história da Flying Dog é fascinante, ao menos para mim, apaixonado por montanhas. Começa assim: “há mais de 30 anos um grupo de montanhistas amadores, privados de álcool e de oxigênio, reuniram-se num quarto de hotel, no Paquistão, após terem escalados uma das mais perigosas montanhas do mundo, o K2 – lá a Flying Dog nasceu”.
O nome escolhido, é por causa de uma pintura a óleo de um cão que parecia se elevar acima do chão, visto nesta expedição ao K2 em 83.
O site oficial da cervejaria continua com a história: “George Stranahan – PhD em Física, fundador do Aspen Center for Physics, fotógrafo profissional e escritor – conduziu a expedição ao cume do K2 em 1983, aos 52 anos de idade. Em 1990, George abriu um brewpub em Woody Creek, Colorado.” Começava aí a história de mais uma cervejaria americana super irreverente.
Amigo de George, o jornalista Hunter S. Thompson, famoso criador do jornalismo Gonzo pediu para o também famoso ilustrador Ralph Steadman fazer umas ilustrações para a cervejaria. Nascia assim o lema da cervejaria até hoje: “good beer, no shit”, seguida também da emblemática frase atribuída a Thompson: “good people drink good beer”.
Infelizmente desde 2011 a cerveja não é mais importada ao Brasil, depois de uma polêmica envolvendo a importadora, a Tarantino, acusada de adulteração dos rótulos. Mas uma série de fatores levou, ao que parece, que a Flying Dog decidisse não mais exportar suas cervejas para o Brasil – teve um suposto caso de “plágio” de seus rótulos (excelentes, aliás), pela cervejaria Backer, da série Três Lobos, burocracias na aduana, custos etc. Enfim, não vou entrar na polêmica aqui, quem quiser saber mais um pouco sobre o tema, pode visitar este link, que contém o posicionamento oficial da própria Tarantino. Mas, quem quiser provar suas cervejas hoje em dia terá que viajar até os EUA, ou algum outro país que importe a cerveja (vou procurar saber se no México, onde estou vivendo agora, consigo encontrá-las, porque, honestamente, sinto saudades de alguns excelentes rótulos).